SEMANA DO FOLCLORE 2025
RELATÓRIO FINAL
Semana do Folclore 2025: Resgatando e Fortalecendo a Identidade Cultural Gaúcha
De 18 a 22 de agosto de 2025, a Semana do Folclore foi realizada em grandiosa celebração à cultura popular gaúcha. Promovido pela Comissão Gaúcha de Folclore e pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), em parceria com a Comissão Nacional de Folclore e a Fundação Santos Herrmann, o evento consolidou-se como um marco na preservação e promoção do patrimônio cultural do Estado.
A edição de 2025 contou com ampla adesão, registrando 92 participantes provenientes de 56 cidades diferentes do Rio Grande do Sul, outras regiões do Brasil e até do exterior. As cidades participantes ressaltam a diversidade e o alcance do evento, com representações de:
Rio Grande do Sul: Guaíba, Gravataí, Osório, Três Coroas, Canoas, Porto Alegre, Viamão, Rio Pardo, Capão da Canoa, Três Forquilhas, Montenegro, Alegrete, Arroio do Sal, Cidreira, Cachoeira do Sul, Parobé, Bagé, Capivari do Sul, Tupanciretã, Três Cachoeiras, Nova Santa Rita, Sapiranga, Novo Hamburgo, Santa Maria, Santo Ângelo, Encantado, Passo Fundo, Cruz Alta e Terra de Areia.
Outras regiões do Brasil: Curitiba (Paraná), Pato Branco (Paraná), Confresa (Mato Grosso), Bragança Paulista (São Paulo) e Fortaleza (Ceará).
Exterior: Houve ainda a presença de participantes de Valongo (Portugal) e Embu das Artes (São Paulo, com forte ligação à cultura popular).
Esses números demonstram como o evento ultrapassou barreiras geográficas, conectando diferentes realidades e perspectivas culturais. Além disso, os participantes refletiam uma ampla variedade de profissões, entre as quais destacam-se professores, estudantes, músicos, servidores públicos, analistas fiscais, artesãos, técnicos administrativos e bibliotecários, evidenciando a natureza diversa e inclusiva do evento.
Programação e Temas Abordados
A programação da Semana do Folclore 2025 trouxe palestras instigantes ministradas por especialistas renomados, abordando temas fundamentais para compreensão e valorização do folclore. Participantes, entre educadores, pesquisadores e entusiastas da cultura popular, discutiram a relevância do folclore como uma prática contemporânea e dinâmica, capaz de fortalecer a identidade cultural gaúcha e brasileira.
Dia 18/08: Abertura – “Desmistificando o Folclore: do conceito à vivência cotidiana”
O evento iniciou com a palestra de Cristina Rolim Wolffenbüttel, que apresentou reflexões sobre a vivência do folclore na sociedade contemporânea. Além disso, destacou a importância das ações da Comissão Gaúcha de Folclore no incentivo à preservação da cultura popular, reforçando-se que o folclore é um patrimônio vivo e em constante transformação. Participaram deste dia Marlei Sigrist, Presidente da Comissão Nacional de Folclore, e Paulo Elias Daniel, Presidente da Comissão Gaúcha de Folclore.
Dia 19/08: Folclore no Ambiente Escolar A segunda noite do evento teve a condução de Isabel Cristina Reinhardt Zimermann e Aimara Bolsi, que debateram estratégias para integrar o folclore ao currículo escolar e destacar sua importância no processo educativo. Trabalhar o folclore na escola foi apresentado como essencial para enriquecer o aprendizado e fortalecer os vínculos culturais entre alunos e comunidades. A discussão destacou práticas pedagógicas inovadoras que podem ser aplicadas diariamente em diferentes realidades educacionais.
Dia 20/08: Inter e Transdisciplinaridade do Folclore O terceiro dia aprofundou a interseção do folclore com diferentes áreas do conhecimento, destacando sua presença em disciplinas como sociologia, história, antropologia e artes. Andrea Simoni Rech e Marinéia Nunes de Borba Martins conduziram as palestras, demonstrando como iniciativas inter e transdisciplinares podem promover uma visão ampliada da cultura popular, valorizando sua profunda conexão com saberes acadêmicos e comunitários.
Dia 21/08: Manifestações Culturais Gaúchas No quarto dia, o foco voltou-se às manifestações culturais típicas do Rio Grande do Sul, como as “Casas de Lata” e o papel das mulheres no tradicionalismo e na perpetuação do folclore. Márcia Cristina Borges da Silva apresentou a rica história das mulheres no contexto cultural e social gaúcho, enquanto Nivaldo Rosa trouxe relatos sobre a significância das “Casas de Lata” como símbolo cultural e histórico da região. As apresentações evocaram respeito e reflexão sobre a memória e a identidade do povo gaúcho.
Dia 22/08: Folclore nas Pesquisas no Brasil e no Mundo Encerrando o evento, Cristina Rolim Wolffenbüttel e Edinéia Pereira da Silva abordaram a importância de estudos sobre o folclore tanto no Brasil quanto no cenário internacional. As palestras destacaram como as pesquisas culturais ajudam a compreender fenômenos sociais, resgatando tradições e incentivando novas interpretações. Além disso, foi enfatizada a relevância da publicação de trabalhos acadêmicos em repositórios gráficos e on-line para ampliar o acesso a esse tipo de conhecimento.
Impacto e Destaques
A Semana do Folclore 2025 foi uma celebração viva da cultura popular, reunindo amor pelo passado, compromisso com o presente e esperança no futuro. Entre os participantes, muitos destacaram o impacto das palestras na motivação para novas práticas pedagógicas e culturais. Além disso, a ampla acessibilidade proporcionada por transmissões on-line abriu portas para que mais pessoas pudessem participar, inclusive de regiões distantes.
Com 40 horas certificadas, o evento também demonstrou o papel crucial da tecnologia na democratização do conhecimento, permitindo que a memória cultural seja preservada e valorizada.
A Semana do Folclore 2025 foi, sem dúvidas, uma oportunidade enriquecedora de promover o diálogo entre tradição e inovação. O evento reafirmou o papel do folclore como elemento essencial para a construção de uma sociedade conectada às suas raízes culturais, pulsando como um elo vivo entre gerações.