Dando continuidade, não podemos esquecer os encontros e bailes, que se realizavam após as Cavalhadas.
As Cavalhadas são uma luta simulada, na qual os participantes principais, em número de 24, representam, através de evoluções equestres e movimentos de espada, lança, pistola, uma batalha de fundo religioso entre mouros e cristãos, que acaba sendo vencida por estes, após a tomada do castelo na praça e a submissão dos mouros ao cristianismo, pelo batismo da igreja.
Os bailes eram realizados, geralmente, com a participação dos “corredores” e seus familiares, à noite.
No período da tarde, realizavam-se as diversões, com o torneio de derrubada da cabeça, a tirada da argola. Cada cavaleiro mouro e ou cristão, alternadamente, mostra sua destreza, habilidade e seu gesto de alta consideração afetiva, oferecendo a argola a alguém que está no público.
“...há uma expectativa geral do público, pois o oferecimento da argolinha a uma pessoa escolhida pelo corredor traduz uma distinção que vai do reconhecimento a uma figura pública, à gratidão a um familiar, uma declaração de simpatia ou mesmo de amor a uma moça...” Paixão Cortes, em Folclore Gaúcho.
Os que recebem tal distinção recolhem-na e, em retribuição, oferecem algo ao cavaleiro participante, sendo comum espetarem dinheiro na ponta da lança. Muitas vezes há troca de gentilezas entre os namorados, sendo que o cavaleiro guarda a prenda, que retribui à namorada: uma joia, um brinco, um lenço, para à noite, no Baile dos Corredores, devolvê-la na hora da dança.
(Continua...)
Por Cristiano Silva Barbosa
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