domingo, 31 de dezembro de 2017

A TRADIÇÃO É O PRESÉPIO - por João Carlo Paixão Cortes

            No período de festividades natalinas, que vai de 25 de dezembro a 06 de janeiro do próximo ano, festeja-se o nascimento de Cristo e a chegada dos Reis Magos junto a manjedoura, onde nasceu Jesus, após seguir a Estrela Guia que iluminou os caminhos à Belém.

            O presépio, representação do nascimento de Cristo, é o símbolo do Natal, herança dos povos cristãos formadores do nosso estado, e a mais pura religiosa tradição gaúcha, o qual entendo que deveria receber a atenção dos verdadeiros tradicionalistas.

             No mais é um cenário de neve, de renas, de trenós, e de pinheirinhos coloridos, de desenhos e figuras caricatas não cristãs, que servem pra antecipar os presentes que eram recebidos com a chegada dos Reis Magos, no dia 06 de janeiro.

            Não é tradição herdada, é tradição criada e copiada, que os meios de comunicação divulgaram e globalizaram, só isso.

            Mas, eu sigo, nos meus 90 anos, homenageando as dezenas de Terno de Reis que saem "tirando reses" neste período natalino pelo mais diferentes rincões do Rio Grande e do Brasil.
             Este ano, meu Terno Virtual destaca nos seus versos o Presépio.


1980 Festival de Terno de Reis, Osório.

O meu Terno canta:

Chegada Meu senhor, dono da casa
Peço licença pra cantar
Recebei este terno
O passado vem lembrar

Vimos lhe cantar os Reis
E também lhe visitar
Ô de casa, casa santa
Onde Deus veio habitar

Porta aberta, luz acesa
É sinal de alegria
Entra eu, entra meu terno
Entra toda a companhia.

Louvação Quando entrei nesta sala
Vi um anjo em cada canto
Vi o presépio que é obra
Do Divino Espírito Santo

E nesse presépio oculto
Tão pobre de ostentação
Veio a luz o belo vulto
Que nos trouxe a salvação.

Já nasceu o Menino Deus
Numa lapa em Belém
Foram todos adorar
Adoraremos também

Reclinado num presépio
Cheio de glória e luz
Fruto da Virgem Maria
Era o Menino Jesus

Despedida Vamos dar a despedida
Como deu Cristo em Belém
Esse terno se despede
Até o ano que vem.

PEÇO QUE REENCAMINHE ESTE TERNO PARA QUE CANTEMOS EM OUTRAS CASAS ATÉ O DIA DE REIS (06 DE JANEIRO) PARA QUE REALIZEMOS A NOSSA “MISSÃO” DE “TIRAR RESES” E LOUVAR A CHEGADA DE JESUS, JUNTO AO PRESÉPIO.

MUITA PAZ E SAÚDE A TODOS ONDE ESTA MENSAGEM POSSA CHEGAR.

J.C. PAIXÃO CÔRTES E FAMÍLIA
(Enviado por Alessandra Motta)

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Comissão Gaúcha de Folclore empossa nova diretoria

      A Comissão Gaúcha de Folclore, entidade ligada a Comissão Nacional de Folclore e reconhecida pela UNESCO, elegeu, neste sábado, dia 16, a nova diretoria e, juntamente com a Fundação Santos Herrmann recebeu seus membros, associados e amigos para o evento de inauguração das melhorias físicas em sua sede social, também para o ingresso formal de novos integrantes em seus quadros associativos e encerramento das atividades de 2017.

Presidente: Octávio Cappuano
1º Vice-presidente: Ivo Benfatto
2º Vice-presidente: Paulo Roberto de Fraga Ciirne
Secretária: Renata de Cássia Moraes Pletz
Tesoureiro: Daniel Zardo

COMISSÃO GAÚCHA DE FOLCLORE:
Erika Hanssen Madaleno – Associado Honorário
Marco Aurélio Alves – Associado Honorário
Doroteo Fagundes de Abreu – Associado Efetivo
Paulo César Campos de Campos – Associado Efetivo
Plínio José Borges Mósca – Associado Efetivo
Alessandra Carvalho Motta – Associada Efetiva
Aimara Bolsi – Associada Aspirante
Lauro Valdenir Fagundes Freitas – Associado Aspirante

FUNDAÇÃO SANTOS HERRMANN
Doroteo Fagundes de Abreu
Erika Hanssen Madaleno
Paulo César Campos de Campos
Marco Aurélio Alves,
Plínio José Borges Mósca
Alessandra Carvalho Motta

domingo, 3 de dezembro de 2017

O Maracatu - Por Paula Simon Ribeiro

Maracatu 
Paula Simon Ribeiro

            Manifestação folclórica surgida no Pernambuco na Zona da Mata e disseminada em vários estados do nordeste brasileiro e também no carnaval. Reconhecido como patrimônio cultural imaterial da região. Surgiu entre fins do século XIX e início do século XX.

            Representa um dos mais antigos ritmos de origem africana. É formado pelo cortejo e por um conjunto instrumental com instrumentos de percussão que o acompanha.  

            Existe registro de existência de Maracatu em Pernambuco desde 1711, e o mais antigo em vigência é o Maracatu Elefante, fundado em 15 de novembro de 1800 no Recife pelo escravo Manuel Santiago.  De modo geral os Maracatus são regidos por homens, o Elefante foi o primeiro a ter uma Rainha mulher, Dona Santa. Outra peculiaridade neste Grupo é que leva três calungas (e não duas como outros Maracatus) , em homenagem a Dona Leopoldina, Dom Luis e Dona Emília, que representam os orixás Iansã, Xangô e Oxum .

           O nome Elefante como símbolo é em homenagem a Oxalá que segundo a crença protege este animal.

           Os Maracatus mais antigos foram criados por negros trabalhadores rurais dos engenhos de Nazaré da Mata, trabalhadores dos canaviais.

Existem dois tipos de Maracatu:

          Maracatu Rural ou de Baque Solto e Maracatu Nação de Baque Virado que diferem um do outro por seus personagens, organização e pelo ritmo. Este cortejo recria em terras brasileiras as antigas cortes africanas que ao serem escravizados conservaram suas raízes, mantendo seus títulos de nobreza.

         Não tem um enredo nem dança é um cortejo ritmado pelos tambores com acompanhamento de percussão. Inúmeras figuras formam o cortejo, que trazem também figuras de outros autos, como o Mateus e a Catirina personagens do bumba meu Boi.

          O cortejo é aberto pelo bandeireiro ou porta o estandarte que conduz o estandarte com o nome da entidade ou agremiação (Nação Pici, Leão Coroado, Rei de Paus e outros).

         No cortejo estão o Rei a Rainha, a Dama do paço que leva nas mãos a Calunga, uma boneca de madeira ricamente vestida (a calunga representa uma antiga rainha ou uma divindade), o vassalo que leva o pálio, guarda sol ou sombrinha que protege os reis. Compõem ainda o cortejo, as iabás ou baianas e outros. Os batuqueiros acompanham o cortejo tocando diversos instrumentos como alfaias (tambores), caixas de guerra, xequerês, maracás, cuíca (também chamada de porca), zabumba e outros. Os caboclos de lança, figura que surgiu mais recentemente tem ganho bastante força, são caboclos que realizam movimentos com a lança em muitas direções e levam presos à roupa guizos ou chocalhos, dando uma marcação mais rápida ao Maracatu de Baque Solto.

           No Maracatu Rural a parte musical é composta por mais instrumentos, além da percussão aparecem os metais (clarinete, saxofone, trombone, pistom).
É de notar que na maioria dos cortejos de Maracatu a Rainha é representado por um homem. É praxe pintar o rosto de preto.

           Por que Homem? o traje da rainha é belíssimo, luxuosamente bordado com pedrarias e, portanto, muito pesado, chegando a 25 quilos, peso demasiado para uma personagem feminina. Outra explicação é de ordem social, quando os maracatus surgiram em final do século XIX não era permitido a mulheres saírem em cortejo. Num tempo de submissão da mulher, estas ficavam restritas às casas não sendo possível sua participação em cortejos de rua.

            O Maracatu espalhou-se, veio da zona da mata para o litoral e espalhou-se para outros estados inclusive.

            O Maracatu Cearense surgiu na década de 50 do século passado (não se tem registros de existir antes desta época), entretanto alguns autores acreditam já existir em final do século XIX com ligação com as Irmandades do Rosário.

           É uma brincadeira bastante semelhante ao pernambucano, tem na sua estrutura o desfile da corte acompanhada pela percussão. Os integrantes da corte tem o rosto pintado de preto, e seu movimento é mais cadenciado e se destacam o balaieiro (levando na cabeça o balaio de frutas representando a fartura) e o casal de Pretos Velhos.

Comissão Gaucha de Folclore convoca para eleição

EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA ELETIVA
TRIÊNIO 2018 A 2020

            O presidente da Comissão Gaúcha de Folclore, Ivo Benfatto, convoca os associados fundadores e efetivos, de acordo com o que  determina o Estatuto vigente em seu Art. 10, alíneas a e b,  Art. 11, parágrafo 1º,  e os  Art. 20, 21, e 38 para a realização de Assembleia Geral Ordinária – Assembleia Geral Eletiva, no dia 16 de dezembro de 2017, em sua sede, na Rua Olinda 368, nesta cidade de Porto Alegre/RS, às 15:00h em primeira convocação e às 15h30min com qualquer número de associados  fundadores e efetivos presentes, para a seguinte pauta:

1ª PARTE:
1.Abertura da Assembleia Eletiva pelo presidente da CGF;
2.Indicação de presidente da Assembleia pelo plenário dos associados;
3.Apresentação de associados efetivos concorrentes aos cargos estatutários eletivos da  Diretoria da CGF para a gestão 2018-20: Presidente, 1º Vice-presidente, 2º Vice-presidente da CGF, e para três membros titulares e dois suplentes para o Conselho Consultivo e Fiscal, para os anos de 2018 e 2019.
4.Eleição propriamente dita pelos  associados  efetivos  que formam o plenário.
5.Proclamação do resultado e Posse dos eleitos

2ª  PARTE
6.Inauguração do novo piso externo da sede.
7.Admissão de novos associados da CGF.
8.Reunião Festiva com coquetel.

Porto Alegre, 29 de novembro  de 2017

Prof. Ivo Benfatto
Presidente CGF