segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

CGF realiza viagem cultural a Antônio Prado


     Antônio Prado foi o município escolhido para a 1ª Viagem Cultural da Comissão Gaúcha de Folclore na atual gestão, reunindo mais de 20 membros da entidade no último sábado, dia 11 de dezembro.

    O convite foi feito ao presidente da Comissão pelo professor e membro da CGF Cristiano da Silva Barbosa para que os visitantes conhecessem a cidade mais italiana do Brasil. Antônio Prado possui um conjunto arquitetônico de 48 casas de madeira e alvenaria, construídas no final do século XIX e início do século XX por imigrantes e tombadas em 1989 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

    O filme “O Quatrilho”, de 1995, inspirado no romance de José Clemente Pozenato, foi rodado em Antônio Prado e indicado ao Oscar em 1996, projetando a cidade para o mundo inteiro.

    O grupo foi recepcionado com um café da manhã no Centro de Cultura pela secretária municipal de Educação, Cultura e Desporto, Adriana Sartori e pela diretora do Departamento de Cultura, Carla Chilanti Pinheiro. 

    Ambas relataram como é feito o trabalho de conscientização da população para valorizar sua própria história. Entre várias ações, foram criados vídeos com personagens teatrais, “Saboneta e Alcoolgerson”, uma dupla que percorre a cidade para missões secretas.

    Também no Centro de Cultura os membros da CGF realizaram sua primeira reunião presencial, após o início da pandemia, e muitos só se conheciam de forma virtual.  O presidente Rogério Bastos traçou as metas para 2022 e pediu a participação efetiva de todos, especialmente para as datas comemorativas, entre elas, o centenário de nascimento da professora, pesquisadora de Folclore e tradicionalista Lilian Argentina Braga Marques.

    A visita aos principais pontos culturais de Antônio Prado prosseguiu logo depois do almoço, com um passeio pelo Centro Histórico, onde estão a “Casa da Neni” - Museu Municipal e Central de Informações ao Turista -, a Casa do Artesão e a Igreja Matriz, que começou a ser construída entre 1891 e 1897 e reformada na década de 20. 

    No decorrer da tarde, o grupo conheceu o Moinho Franscescatto, em atividade artesanal desde 1947, onde a força motriz de uma grande roda d’água impulsiona as engrenagens em madeira para moer o milho e transformá-lo em farinha.

    Outra atração foi a Ferraria Marsílio, fundada em 1900. Até 1989, oferecia serviços de construção de carroças, arados e ferraduras, além do conserto de ferramentas, ofício ensinado às gerações seguintes. Atualmente, a demonstração do uso da forja é feita por Luiz Marsílio, que conta a história de sua família. 

    Ao lado da Ferraria, está o Santuário da Madona de Monte Bérico, que recebeu a primeira bênção em 1896. O templo abrigava a Santa trazida pelos imigrantes e, em 1996, ano do seu centenário, recebeu uma nova imagem da Madona como doação do Conselho Administrativo da Basílica de Monte Bérico de Vicenza, na Iália.

    O grupo da CGF fez uma pausa no Armazém do Prado, na Linha 21, um típico estabelecimento onde se encontra tudo o que é necessário em enormes prateleiras de madeira, além de queijos e salames coloniais pendurados à vista do cliente.

    A próxima parada foi na Gruta Natural, uma furna rodeada de vegetação e uma pequena fonte de água. Desde 1930, abriga a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, padroeira do município, tornando-se local de reflexão e orações.

    A viagem dos membros da Comissão Gaúcha de Folclore encerrou com um “Filó”, típico encontro de famílias italianas, regado a muita música, comida farta e preservação da cultura. A recepção foi realizada pelo Grupo “I descendenti dei imigranti italiani”, que desde 2007 trabalha com apresentações, mas em 2017 recebeu verba estadual no projeto “Juntos da Diversidade”, incrementando suas oficinas para crianças e suas demais atividades, como o Filó.

    O grupo encenou a partida de imigrantes da Itália, que saíam de seu país com quase nada, mas cheios de esperança de encontrar uma América rica em comida, em oportunidades e receptiva, mas que a realidade mostrou ser bem diferente. O evento contou com a presença do prefeito Roberto Dalle Molle e da primeira-dama do município, Nelsi Dalle Molle.

Erika Hanssen Madaleno 

Registro Profissional 4728 MTB

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Curso de Folclore e Dança UPF – 2022

 


     Nosso estado e nossa região possuem particularidades muito comuns, a valorização de nossa cultura que diariamente são exaltadas em diversos espaços culturais e por milhares de pessoas das mais diversas áreas. Assim uma atualização e valorização do ensino do folclore e da dança se faz necessário para que profissionais e amantes de nossa cultura estejam cientes do ensino e das possibilidades pedagógicas

Objetivos

Propiciar um momento de formação e atualização de técnicas, ações pedagógicas do ensino e vivência das danças folclóricas. Conhecimento e ampliação de aspectos teóricos e práticos, o resgate da cultura brasileira e gaúcha, a vivência de diferentes meios de ensino e a qualificação da dança para ser ofertada como uma proposta pedagógica e atualizada

Inscrições - Até 10/03/2022

Investimento - 

Público em geral R$ 1.300,00 – Desconto de 5% à vista – R$ 1.235,00

Egresso cadastrados no Programa Elos – R$ 1.300,00 – Desconto de 10% à vista – R$ 1.170,00

Período de realização do curso - De 16/03/2022 a 28/08/2022 

Duração do curso: 114h  -  Modalidade: Presencial

Ministrantes

Jessé Cruz, Diego Muller, Ana Paula Labres, Rogério Bastos, Gustavo Kura, Rodrigo Guterres (Bolinha), Claiton Rocha, Renata Lampert, Josemar Dias, Lucia Andrade, Juarez Nunes, Nivaldo Rosa, Madeline Zancanaro, Luciano Fleck, Beloni Bastos, Toni Sidi Pereira, Marcio Bertuzzi

Coordenação: Luis Gustavo Maias - gutomaias@upf.br

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Saberes & Fazeres fala dos ensaios sobre o povo gaúcho

 


    Cristiano escreveu esta obra pensando nos CTGs, Faculdades, Grupos Nativistas, Entidades Sociais, Escolas, abrangendo uma vasta área de pessoas que, além de apreciarem as tradições do gaúcho, sobre a forma de arte e cultura, veem nela importante papel de desenvolvimento intelectual.

    "Vamos falar de algumas experiências pessoais em diversas partes do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul. Além disso, vocês encontrarão dados preciosos sobre hábitos de outrora e uma série de informações que o auxiliará a compreender, em detalhes, como o Rio Grande cresceu, bem como o que o gaúcho guardou de mais característico para oferecer como componente indispensável na cultura brasileira" - afirma Barbosa.

    A literatura folclórica do Sul diferencia-se da literatura do Norte, mesmo porque, há um atraso de 200 anos na formação do Rio Grande do Sul em comparação ao resto do país. Os instrumentos musicais, a religiosidade, lendas, danças, causos, provérbios, autos populares e outros, estão anotados, de maneira quase secreta, em livros raros, de pequena tiragem ou, às vezes, em artigos e almanaques de autores-pesquisadores quase desaparecidos. Além dos registros bibliográficos que são raros, a literatura oral é uma herança que passa de geração em geração, elaborando, através do tempo, os elementos de identidade de um povo. Assim, também, foi a base de toda a pesquisa de Paixão Cortes e Barbosa Lessa, as quais deixaram importantes e completos registros.

    No Rio Grande do Sul, as obras fundamentais para o estudo da história, da antropogeografia, da sociologia, da antropologia cultural e da própria literatura rio-grandense, encontram-se esgotadas. São raras e disputadas nos balcões dos livreiros. A familiaridade com os temas da formação rio-grandense, tornou-se privilégio de poucos que tiveram a sorte de adquirir tais preciosidades.

    Tudo isso e muito mais, Marco Aurélio Alves, vice-presidente da Comissão Gaúcha de Folclore, com a técnica de Paulo Elias Daniel, vai explorar segunda, dia 6, no Saberes & Fazeres, o Folclore em foco.