domingo, 3 de dezembro de 2017

O Maracatu - Por Paula Simon Ribeiro

Maracatu 
Paula Simon Ribeiro

            Manifestação folclórica surgida no Pernambuco na Zona da Mata e disseminada em vários estados do nordeste brasileiro e também no carnaval. Reconhecido como patrimônio cultural imaterial da região. Surgiu entre fins do século XIX e início do século XX.

            Representa um dos mais antigos ritmos de origem africana. É formado pelo cortejo e por um conjunto instrumental com instrumentos de percussão que o acompanha.  

            Existe registro de existência de Maracatu em Pernambuco desde 1711, e o mais antigo em vigência é o Maracatu Elefante, fundado em 15 de novembro de 1800 no Recife pelo escravo Manuel Santiago.  De modo geral os Maracatus são regidos por homens, o Elefante foi o primeiro a ter uma Rainha mulher, Dona Santa. Outra peculiaridade neste Grupo é que leva três calungas (e não duas como outros Maracatus) , em homenagem a Dona Leopoldina, Dom Luis e Dona Emília, que representam os orixás Iansã, Xangô e Oxum .

           O nome Elefante como símbolo é em homenagem a Oxalá que segundo a crença protege este animal.

           Os Maracatus mais antigos foram criados por negros trabalhadores rurais dos engenhos de Nazaré da Mata, trabalhadores dos canaviais.

Existem dois tipos de Maracatu:

          Maracatu Rural ou de Baque Solto e Maracatu Nação de Baque Virado que diferem um do outro por seus personagens, organização e pelo ritmo. Este cortejo recria em terras brasileiras as antigas cortes africanas que ao serem escravizados conservaram suas raízes, mantendo seus títulos de nobreza.

         Não tem um enredo nem dança é um cortejo ritmado pelos tambores com acompanhamento de percussão. Inúmeras figuras formam o cortejo, que trazem também figuras de outros autos, como o Mateus e a Catirina personagens do bumba meu Boi.

          O cortejo é aberto pelo bandeireiro ou porta o estandarte que conduz o estandarte com o nome da entidade ou agremiação (Nação Pici, Leão Coroado, Rei de Paus e outros).

         No cortejo estão o Rei a Rainha, a Dama do paço que leva nas mãos a Calunga, uma boneca de madeira ricamente vestida (a calunga representa uma antiga rainha ou uma divindade), o vassalo que leva o pálio, guarda sol ou sombrinha que protege os reis. Compõem ainda o cortejo, as iabás ou baianas e outros. Os batuqueiros acompanham o cortejo tocando diversos instrumentos como alfaias (tambores), caixas de guerra, xequerês, maracás, cuíca (também chamada de porca), zabumba e outros. Os caboclos de lança, figura que surgiu mais recentemente tem ganho bastante força, são caboclos que realizam movimentos com a lança em muitas direções e levam presos à roupa guizos ou chocalhos, dando uma marcação mais rápida ao Maracatu de Baque Solto.

           No Maracatu Rural a parte musical é composta por mais instrumentos, além da percussão aparecem os metais (clarinete, saxofone, trombone, pistom).
É de notar que na maioria dos cortejos de Maracatu a Rainha é representado por um homem. É praxe pintar o rosto de preto.

           Por que Homem? o traje da rainha é belíssimo, luxuosamente bordado com pedrarias e, portanto, muito pesado, chegando a 25 quilos, peso demasiado para uma personagem feminina. Outra explicação é de ordem social, quando os maracatus surgiram em final do século XIX não era permitido a mulheres saírem em cortejo. Num tempo de submissão da mulher, estas ficavam restritas às casas não sendo possível sua participação em cortejos de rua.

            O Maracatu espalhou-se, veio da zona da mata para o litoral e espalhou-se para outros estados inclusive.

            O Maracatu Cearense surgiu na década de 50 do século passado (não se tem registros de existir antes desta época), entretanto alguns autores acreditam já existir em final do século XIX com ligação com as Irmandades do Rosário.

           É uma brincadeira bastante semelhante ao pernambucano, tem na sua estrutura o desfile da corte acompanhada pela percussão. Os integrantes da corte tem o rosto pintado de preto, e seu movimento é mais cadenciado e se destacam o balaieiro (levando na cabeça o balaio de frutas representando a fartura) e o casal de Pretos Velhos.

Comissão Gaucha de Folclore convoca para eleição

EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA ELETIVA
TRIÊNIO 2018 A 2020

            O presidente da Comissão Gaúcha de Folclore, Ivo Benfatto, convoca os associados fundadores e efetivos, de acordo com o que  determina o Estatuto vigente em seu Art. 10, alíneas a e b,  Art. 11, parágrafo 1º,  e os  Art. 20, 21, e 38 para a realização de Assembleia Geral Ordinária – Assembleia Geral Eletiva, no dia 16 de dezembro de 2017, em sua sede, na Rua Olinda 368, nesta cidade de Porto Alegre/RS, às 15:00h em primeira convocação e às 15h30min com qualquer número de associados  fundadores e efetivos presentes, para a seguinte pauta:

1ª PARTE:
1.Abertura da Assembleia Eletiva pelo presidente da CGF;
2.Indicação de presidente da Assembleia pelo plenário dos associados;
3.Apresentação de associados efetivos concorrentes aos cargos estatutários eletivos da  Diretoria da CGF para a gestão 2018-20: Presidente, 1º Vice-presidente, 2º Vice-presidente da CGF, e para três membros titulares e dois suplentes para o Conselho Consultivo e Fiscal, para os anos de 2018 e 2019.
4.Eleição propriamente dita pelos  associados  efetivos  que formam o plenário.
5.Proclamação do resultado e Posse dos eleitos

2ª  PARTE
6.Inauguração do novo piso externo da sede.
7.Admissão de novos associados da CGF.
8.Reunião Festiva com coquetel.

Porto Alegre, 29 de novembro  de 2017

Prof. Ivo Benfatto
Presidente CGF

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

CGF promove o programa "Falando em Folclore", dia 22, as 19h

           Constituído por lendas, mitos, provérbios, danças e costumes que são passados de geração em geração, o folclore é o conjunto destas tradições e manifestações populares que teve  origem no inglês, "folklore" - "sabedoria popular", formada pela junção de folk (povo) e lore (sabedoria ou conhecimento). 

           O folclore brasileiro inclui mitos, lendas, ritos, cerimônias religiosas, contos populares, brincadeiras, provérbios, poesia, cordéis, adivinhações, gastronomia, vestuário, adereços e tudo o que está inserido neste universo do imaginário popular.  E no dia 22/08 celebramos o seu dia. 

           E para comemorar a data, a Comissão Gaúcha de Folclore estará promovendo um programa especial - "Falando em Folclore" - dia 22 as 19h com os membros da Diretoria da entidade. A transmissão será feita nos estúdios da AG Produtora, através do amigo Odilon Ramos, em sua Rádio Web Campo Afora.

Algumas rádios estão fechando parceria para retransmissão:

Radio Santa Isabel FM de Viamão - Do amigo Celdo Broda.
Radio Campo Afora, Santo Antonio da Patrulha - Odilon Ramos.
Rádio Nordeste FM, de Bom Jesus -Diretor Fernando Valmórbida
Radio Ideal FM, de Formigueiro - Antônio Missau
Radio Campeiro FM. com, Cruzeiro do Sul - Diretor Claiton Miranda
- Rádio Guapo On Line, de Viamão - Diretor Adilson Castro
- Nova Onda Fm, de Bagé  - Diretor Oriovaldo Fagundes
Radio Web Voz da Querência, de Canoas - Diretor José Biulchi 
- Radio WEB Quero Quero, de Porto Alegre - Diretor Ricardo Fontoura
Rádio chimarrão, de Caxias do Sul - Com apoio de Rudy de Faveri             
Rádio UAB FM, de Caxias do Sul                        
Rádio Passos, de Água Santa RS                        
Rádio Castelhana FM, de Mato Castelhano/RS                        
Rádio Taborda, de Ponta Grossa/PR                        
Mix Web Rádio Bento Gonçalves, de Bento/RS                        
Rádio Tchê Gaudéria, de Passo de Torres/SC                        
Web rádio Universo, de Ibiaçá RS
- Radio Capital Web, Luis Eduardo Magalhães/BA - Antonio Zanco, "Toninho Gaúcho"

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

FOLCLORE MAGICO - Amuletos - por Paula Simon Ribeiro

            Já falamos anteriormente que os amuletos correspondem a materialização da superstição e das crendices. São representados por objetos que após serem magnetizados, vibrados ou preparados ritualisticamente se supõe adquiram o poder de proteger ou imunizar quem os possui de qualquer maleficio ou má sorte.

            Existem diferentes tipos de objetos usados como proteção, os talismãs para trazerem boa sorte e os fetiches, que possuem um "espírito" morador capaz de ações concretas. Podem ser religiosos ou profanos.

            Entre os religiosos destacam-se:

Relíquia - fragmento de um objeto que tenha pertencido a um santo. O "Lenho Sagrado" (fragmento da Cruz que serviu ao sacrificio de Jesus Cristo, pedaço do Manto de Cristo, retalho da batina do Padre João Batista Reus ou do Padre Cícero e outros.

Bentinho - ou Escapulário, pequena almofadinha benta pelo padre, que presa a uma corrente ou cordão em forma de colar é levada ao pescoço de pessoas religiosas.

Medalha Milagrosa - com a efigie do santo da devoção do portador.
Agnus Dei - oração ao Cordeiro de Deus, levada constantemente pelo devoto.
Água Benta - Para a Igreja Católica é essencialmente ligada ao sacramento do Santo Batismo, é sobretudo a origem da vida, é sinal de bênção. Sua falta representa a maldição, a sede, a seca e, consequentemente, a fome e a morte.A água simboliza também a limpeza interior e a purificação dos pecados.

Fitas do Senhor do Bomfim - Os crentes usam amarradas ao pulso. É feito um pedido ao Santo e deixando-se a fita até cair, quando o pedido será atendido.

Entre os amuletos profanos se destacam:

Talismã, Mascote - qualquer objeto ao qual é atribuido uma força mágica, que supõe-se seja capaz de uma ação direta possta à disposição de seu proprietário, (tipo lâmpada de Aladim, anel ou selo de Salomão).

Chifre, trevo, pata de coelho, alfinete e outros - diversos objetos são considerados amuletos e utilizados por inúmeras pessoas nos quais depositam suas crenças e esperanças.É crença generalizada que encontrar um trevo de quatro folhas traz sorte, bem como encontrar alfinete no chão (desde que não seja de cabeça preta que atrai morte). 

FOLCLORE MAGICO - Amuletos - por Paula Simon Ribeiro

       Figa - um dos mais tradicionais amuletos conhecidos em todos os tempos é oriunda das crenças pagãs, dos velhos cultos fálicos da Ásia e da África. Representa também o símbolo da fertilidade e pode apresentar-se em um sem número de materiais, entretanto a mais cobiçada é a de madeira chamada Figa da Guiné. As primeiras figas de que se tem notícias foram fabricadas com madeira da figueira, (entre os caldeus, esta árvore é símbolo da vida, da fecundidade e da proteção, já que foi com folhas da figueira que Adão e Eva recobriram sua nudez ao serem expulsos do Paraíso.)

      Tradicionalmente ao nascer uma criança a madrinha deve oferecer uma pequena figa de ouro para proteção da criança contra mau olhado, quebranto e outros males. 

      Ferradura- é um dos mais populares objeto de crença supersticiosa e a opinião geral é que atrai boa sorte encontrar na rua e trazer para casa colocando-a sobre a porta de entrada da residência, com as pontas viradas para cima. Outros creem que as pontas devem ficar para baixo, com a curva formando um céu ou uma casa, abrigo para o homem.  O poder da ferradura é atribuido por a mesma ter sido criada no fogo sagrado e ser feita de ferro, metal igualmente sagrado.

       Patuá ou Breve - saquinho de pano ou couro contendo uma oração forte ou "ponto riscado" que deve ser levado ao pescoço e segundo a crença popular imuniza de qualquer mal tornando invulnerável o seu portador.
Guia de Santo - Colar feito de coninhas (missangas) com as cores dos Orixás, de contas ou de sementes que os iniciados em religiões de Matriz Africana usam ao pescoço ou atravessadas no corpo. Devem ser "trabalhadas" no pegi e cada tipo tem um significado ritual, além de atuarem como ponto de fixação de forças. A cada "obrigação cumprida" o filho de santo recebe uma guia correspondente.

      Este texto não esgota o assunto, a imaginação e as crenças do ser humano são infinitas e muito ainda se poderia falar sobre o ansia que o homem tem de dominar as forças sobrenaturais.


Comissão Gaúcha de Folclore entrega Medalha Dante de Laytano

            Comissão Gaúcha de Folclore - CGF, estará outorgando a mais alta condecoração por mérito na área do folclore no Rio Grande do Sul, a Medalha Dante de Laytano, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados para a preservação, promoção, pesquisa e defesa do folclore e das manifestações culturais tradicionais populares gaúchas à Paulo de Freitas Mendonça e Dorotéo Fagundes.  A entrega do Diploma e Medalha acontecerá no próximo dia 18 de agosto, às 20 horas, durante a Festa das Etnias, no Galpão do “35” CTG, Av. Ipiranga, 5300.

           No mesmo dia serão entregues os diplomas da Fundação Santos Hermann aos vencedores do ENART nas categorias instrumentos de cordas: Violino ou rabeca, Viola e Violão. 

Violino ou Rabeca
1º Lugar – MATHEUS SEBALHOS LAMEIRA – DTG NOEL GUARANY – SANTA MARIA – 13ª RT
2º Lugar – NATÁLIA CIMA – CTG TROPILHA FARRAPA – LAJEADO – 24ª RT
3º Lugar – TIAGO LUIGI GUADAGNIN RADIN – CTG POUSADA DO IMIGRANTE – NOVA BASSANO – 11ª RT

Violão
1º Lugar – JEAN CARLO MOURA DE GODOY – CTG M´BORORÉ – CAMPO BOM – 30ª RT
2º Lugar – PABLO MACHADO CARDOSO – CPF PIÁ DO SUL – SANTA MARIA – 13ª RT
3º Lugar – GABRIEL BORBA CORDERO – DTG DEPTO. CULTURAL ALMA GAÚCHA – DOM PEDRITO – 18ª RT

Viola
1º Lugar – ALISON JORGE DE MELO FERNANDES – DT HERDEIROS DA TRADIÇÃO – JÚLIO DE CASTILHOS – 9ª RT
2º Lugar – RODRIGO ZILIOTTO – CTG SINUELO – CAXIAS DO SUL – 25ª RT

3º Lugar – CHRISTIAN LUIZ ALBARELLO – CTG UNIDOS PELA TRADIÇÃO RIOGRANDENSE – CARAZINHO – 7ª RT

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Apenas uma crônica no dia dos pais - Por Renata Pletz

            Minha vida é regida por versos e letras. Assim eu sou. Isto que eu amo: poesia, palavras... Desde muito, me expresso escrevendo. Se bem ou mal, não sei...
Acontece que hoje, na hora do mate, só pra variar um pouco, lembrei do meu pai. Apenas uma cena diária que nos desperta algo que é difícil explicar. A tal cena cotidiana, incansavelmente buscada pelos cronistas. O meu mais velho: “Mãe, tu tá com a perna suja de erva de novo!” Sim. Estou sempre. 

            Um gesto pra mim tão automático: ajeitar a bomba, acomodar o barranco e limpar a mão na coxa direita, me fez lembrar tanta, mas tanta coisa.

            Lembrei do meu pai. Me peguei fazendo exatamente como ele fazia. E fui lembrando, lembrando... E a tal saudade foi tomando conta. E lembrar dói. Mas é bom lembrar, pra que assim as coisas não se percam.

            Coisas tão pequenas que pra mim são grandes. “Coisinha”, como ele dizia, naquele vocabulário de quem tinha “pouca instrução, só o quarto livro bem forte, mas um ‘hômi mundiado’” como poucos.

            Ah... Aquele vocabulário... Às vezes me pego usando alguns termos e expressões tão dele e tão plenos de significado que nenhum academicismo me daria.

            Suas implicâncias... Bastava não simpatizar com algo que implicava. E muitas vezes, até com o que gostava, só por hábito. Ainda sinto, por exemplo, sua mão pesada, nodosa, tão áspera, me esparramando o cabelo na desajeitada tentativa de um carinho: “Tu tem esse cabelo que não se ajeita. Escorrido. Igual ao da tua mãe. Cabelo de bugra. Herança da gente da ‘veia’ Eva. Pois diz que a vó da tua vó foi caçada no mato e trazida ‘pras casa’ numa gaiola”. E lá vinha história...

            As histórias são um capítulo à parte. Histórias que eu sabia de cor, mas ainda assim perguntava só pra ouvi-lo contar de novo e de novo daquele jeito só dele. Tinha as de tirar gado da enchente no inverno junto com o vovô. As de quando serviu ao exército na Cavalaria Montada em São Gabriel. As de quando trabalhava na fronteira com a Argentina.

           E a Argentina exercia nele certo fascínio. Era apaixonado por tudo que se referisse à “República del Plata”. Talvez por conta de sua ascendência e do tal “bisavô João Ramos que veio junto com um ‘ermão’ dele ‘pro’ Triunfo depois que findou a revolução”. Eu “virava numa tigra” (outra do vocabulário dele!) quando percebia estar ele a torcer pelos castelhanos no clássico futebolístico Brasil x Argentina. Ele disfarçava. Mas torcia. E comemorava em silêncio com um sorrisinho de canto de boca quando a vitória era dos hermanos.

            Tudo por lá era melhor. Até a maçã. “Olha nenê, o que eu te trouxe: maçã. Essa é boa. Argentina. Vermelha e docinha. Trouxe pra ti.” Esse era o meu presente. Um saquinho de rede de ráfia amarela, cheio de maçãs embrulhadas em papel de seda roxo, comprado na passarela da estação rodoviária de Porto Alegre, onde ele fazia baldeação pra vir pra casa, depois de um mês trabalhando na fronteira. Mas pra mim, eram argentinas. Gosto de infância. Memória olfativa. As mais doces e cheirosas maçãs sempre serão as argentinas.

            Exemplo de retidão de caráter e princípios invioláveis. Homem de bem e de palavra: “Age mais e fala menos”; “Verdade não tem metade”. Grosseiro e birrento, o exemplo do “xucrismo”. E, ao mesmo tempo, o olhar mais terno e doce que eu conheci veio daqueles olhos do verde mais profundo. De quem eu jamais escutei um “eu te amo”. Nunca precisei. Sempre soube.

Renata Pletz
Secretária da CGF